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E aí, você já ouviu falar do ozônio?


Foto: Contêiner com os geradores de ozônio

Ele é um poderoso oxidante obtido através do oxigênio contido no ar ambiente, e pode ser aplicado em diversas áreas, desde a remediação de solos e águas contaminadas por hidrocarbonetos, como na desodorização e sanitização de ambientes e alimentos, tratamento de resíduos biológicos, etc., possuindo a grande vantagem de não gerar resíduos contaminantes ao meio ambiente, gerando água e CO2 como subproduto após reagir com os agentes orgânicos [1].

A principal vantagem da aplicação de ozônio nestes processos é que a única matéria prima com valor agregado é a eletricidade, já que o ar é de graça (pelo menos por enquanto!). Esse gás poderoso possui um tempo curto de vida, de aproximadamente 7 minutos, e após este tempo, volta a seu estado inicial de oxigênio gasoso (O2), por isso ele deve ser produzido no lugar onde será aplicado (in loco).

É importante dizer também, que o ozônio pode ser utilizado na purificação das águas de abastecimento, aquela que sai na pia da sua cozinha, como agente desinfetante substituto ao cloro, eliminando bactérias e contaminantes da água, assim como resíduos de medicamentos e hormônios, que ainda não possuem legislação específica que regule sua presença nos recursos hídricos [2].


O ozônio na remediação ambiental


Em 2016, um projeto inovador envolvendo quase 10 milhões de reais envolvendo o BNDES, a Fundação Pátria, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) e as empresas Brasil Ozônio e INB – Indústrias Nuclares do Brasil, teve como intuito a recuperação de solos e recursos hídricos contaminados por metais pesados em Criciúma – SC e por metais pesados em mina de urânio, em Caldas – MG.

Foto: Águas Laranjas

O projeto foi um sucesso principalmente no tratamento da drenagem ácida de mina de Criciúma – SC, região com diveros recursos hídricos contaminados devido a um histórico de exploração de carvão intensiva na década de 60.

O intuito do projeto na região era de retirar o ferro (principal contaminante, característico das águas de cor alaranjada) e outros metais pesados contidos na drenagem ácida de mina a partir da reação de oxidação do efluente com o ozônio, gerando um lodo rico em hidróxido de ferro, que pode ser transformado em matéria prima, principalmente para a indústria siderúrgica [1].

“Vivemos um período com recursos hídricos mais escassos. Poder tratar a água contaminada e tornar ela utilizável é um avanço necessário” conta o professor responsável Dr. Elidio Angioletto, da UNESC, orgulhoso dos resultados obtidos .


[1] ANGIOLETTO, E. et al. Ozônio na recuperação de solos e recursos hídricos contaminados por mineração. 2016. Ed. UNESC, Criciúma – SC.

[2] RAPOSO, Camila. Resíduos de medicamentos e hormônios na água preocupam cientistas. 2017. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/secom/cie ncia/residuos-de-medicamentos-e-hormonios-na-agua-preocupam-cientistas/>.

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